Ficou em choque por um tempo agiu normal, falou normal, respirou normal
fingiu estar bem...
Ai se sentiu tão cheia, que nem o ar entrava dentro do seu corpo, sentiu uma dor terrível doía ate pra respirar, sentiu seu tórax esmagado, olhou para cicatriz em seu pulso, olhou pra dentro de si mesma e olhou para indiferença dela...
Estava tudo quieto e de repente se jogou em cima de seus braços e começou a chorar...
Só escutava o barulho do seu corpo lutando pra puxar o ar enquanto empurrava lagrimas, e o pouco de oxigênio que ela ainda possuía em seu corpo.
Era o barulho do seu choro... Parecia que o mundo tinha ficado em silêncio para lhe ouvir.
sabia que o mundo não girava em torno dela, mas acredita que foi a misericórdia de todas as coisas vivas sobre a terra.
Não existia barulho algum, só seu coração batendo acelerado e seu choro.
Sua mãe a pegou pelos braços, e a levantou, olhou em seus olhos mas ela não estava lá.
Ela a abraçou, mas abraçou um corpo sem alma.
Ela chorou em quanto os olhos de sua filha transbordavam de lagrimas, e ela disse o que houve minha filhinha?
No alto dos seus 26 anos, acho que foi a primeira vez que sentiu sua mãe, ser mãe pra ela, e ela nem estava lá.
Não é a dor de perda, nem de fim de relacionamento... É dor de revolta, de indignação, de tanta dedicação a alguém, pra no final de tudo ser tão enganada e desrespeitada.
É não acreditar que alguém pode humilhar tanto, há um outro alguém que tanto foi jurado amor...
Simone Almeida